Outdoor ou rede social? Essa comparação parece absurda, mas vou provar para você como muitas pessoas se confundem mesmo! E não é difícil entender o lado delas.
Veja, por exemplo, uma empresa que hoje (2021) tem 35 anos de
experiência. Isso quer dizer que ela foi fundada em 1986 por adultos que
cresceram sem muitas influências tecnológicas. Na época, o marketing era feito
com materiais impressos. A TV e o rádio já existiam há um considerável tempo,
mas aí não sabemos dizer se a jovem empresa era capaz de bancar um anúncio.
Dois anos depois (1988), um grande evento acontece: a chegada da internet no Brasil. Certamente levou bastante tempo para que ela se tornasse acessível – afinal, até hoje isso é um problema. Quem dirá anunciar naquela época! Na verdade, os banners só passaram a existir por lá depois de 1994. Veja o primeiro deles, criado por Joe McCambley:
Chocante, não?
Bem, voltando à nossa empresa de 35 anos: as redes sociais como conhecemos atualmente são muito, mas muito recentes. O Facebook, por exemplo,
está nos seus meros 17 aninhos. Os primeiros anúncios em jornais foram
publicados em 1650, na Inglaterra. Para a história da publicidade, ele é um
bebê!
Portanto, quando esses empresários decidem que já passou da
hora da empresa ter um perfil lá, é muito provável que eles apliquem sua experiência
de vida com a propaganda que coloca o produto em primeiro plano. Afinal, eles
cresceram com esse modelo.
Agora vamos imaginar uma startup criada por
pessoas jovens que convivem com a internet desde que eram mais novos. As redes
sociais são uma parte considerável para a formação da personalidade e das conexões
que esses tais jovens empreendedores mantêm.
Para eles, tudo isso faz parte da rotina: a internet serve
para comprar, vender, conversar, aprender, rir,... Tendo essa visão, é muito
mais fácil entender o modelo de propaganda atual, que prioriza a pessoa
e suas experiências!
E esse modelo não é só coisa das últimas gerações, não. Isso
porque, como sabemos, tudo está ficando mais digital, e ficamos online por
diversos motivos. Claro que tudo depende: Às vezes, o foco no produto é sim a
estratégia indicada. Mas jamais pode ser a única! Entenda:
Se acessamos o Instagram para checar o que nossos amigos
estão fazendo, não estamos muito interessados em comprar, por exemplo, 3 blusas
por R$ 100,00. Mas e se esbarramos com um post de alguém explicando como
combinar nossas roupas de uma maneira prática? Ou explicando como funciona o
processo de estampá-las? Ou então o dono dessa loja de roupas contando o que o levou
a criar um negócio?
Essas coisas são interessantes porque nos agregam algo. São como
se alguém dissesse:
- Olha, eu sempre escolho cores neutras quando não sei combinar
uma roupa. Inclusive, eu vendo essas blusas aqui que funcionam bem! Dá uma
olhada se quiser.
Ao invés de:
- Olha a blusa, olha a blusaaaa! Quem quer comprar chega
mais!
Qual opção te pareceu mais simpática?
Em resumo, talvez você acredite que não faz muito sentido
investir tempo e dinheiro fazendo marketing de conteúdo para a sua empresa. Por
outro lado, é preciso entender que o anúncio que está lá só por anunciar não
vai muito longe em plataformas sociais, ou seja, locais virtuais pensados para celebrar a única
coisa que nenhuma tecnologia nos rouba: nossa humanidade.
Texto escrito por Giovana Tessari da Costa
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