segunda-feira, 28 de junho de 2021

Porque colocar seu produto na plateia e sua marca no palco


Outdoor ou rede social? Essa comparação parece absurda, mas vou provar para você como muitas pessoas se confundem mesmo! E não é difícil entender o lado delas.

Veja, por exemplo, uma empresa que hoje (2021) tem 35 anos de experiência. Isso quer dizer que ela foi fundada em 1986 por adultos que cresceram sem muitas influências tecnológicas. Na época, o marketing era feito com materiais impressos. A TV e o rádio já existiam há um considerável tempo, mas aí não sabemos dizer se a jovem empresa era capaz de bancar um anúncio.

Dois anos depois (1988), um grande evento acontece: a chegada da internet no Brasil. Certamente levou bastante tempo para que ela se tornasse acessível – afinal, até hoje isso é um problema. Quem dirá anunciar naquela época! Na verdade, os banners só passaram a existir por lá depois de 1994. Veja o primeiro deles, criado por Joe McCambley:

Chocante, não?

Bem, voltando à nossa empresa de 35 anos: as redes sociais como conhecemos atualmente são muito, mas muito recentes. O Facebook, por exemplo, está nos seus meros 17 aninhos. Os primeiros anúncios em jornais foram publicados em 1650, na Inglaterra. Para a história da publicidade, ele é um bebê!

Portanto, quando esses empresários decidem que já passou da hora da empresa ter um perfil lá, é muito provável que eles apliquem sua experiência de vida com a propaganda que coloca o produto em primeiro plano. Afinal, eles cresceram com esse modelo.

Agora vamos imaginar uma startup criada por pessoas jovens que convivem com a internet desde que eram mais novos. As redes sociais são uma parte considerável para a formação da personalidade e das conexões que esses tais jovens empreendedores mantêm.

Para eles, tudo isso faz parte da rotina: a internet serve para comprar, vender, conversar, aprender, rir,... Tendo essa visão, é muito mais fácil entender o modelo de propaganda atual, que prioriza a pessoa e suas experiências!

E esse modelo não é só coisa das últimas gerações, não. Isso porque, como sabemos, tudo está ficando mais digital, e ficamos online por diversos motivos. Claro que tudo depende: Às vezes, o foco no produto é sim a estratégia indicada. Mas jamais pode ser a única! Entenda:

Se acessamos o Instagram para checar o que nossos amigos estão fazendo, não estamos muito interessados em comprar, por exemplo, 3 blusas por R$ 100,00. Mas e se esbarramos com um post de alguém explicando como combinar nossas roupas de uma maneira prática? Ou explicando como funciona o processo de estampá-las? Ou então o dono dessa loja de roupas contando o que o levou a criar um negócio?

Essas coisas são interessantes porque nos agregam algo. São como se alguém dissesse:

- Olha, eu sempre escolho cores neutras quando não sei combinar uma roupa. Inclusive, eu vendo essas blusas aqui que funcionam bem! Dá uma olhada se quiser.

Ao invés de:

- Olha a blusa, olha a blusaaaa! Quem quer comprar chega mais!

Qual opção te pareceu mais simpática?

Em resumo, talvez você acredite que não faz muito sentido investir tempo e dinheiro fazendo marketing de conteúdo para a sua empresa. Por outro lado, é preciso entender que o anúncio que está lá só por anunciar não vai muito longe em plataformas sociais, ou seja, locais virtuais pensados para celebrar a única coisa que nenhuma tecnologia nos rouba: nossa humanidade.


Texto escrito por Giovana Tessari da Costa

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